
A
dependência regional maior ou menor da mão de obra escrava teve reflexos
políticos importantes no encaminhamento da extinção da escravatura. Mas a
possibilidade e a habilidade de lograr uma solução alternativa − caso típico de
São Paulo − desempenham, ao mesmo tempo, papel relevante.
(FAUSTO,
B. História do Brasil. SP: EDUSP, 2000)
A
crise do escravismo expressava a difícil questão em torno da substituição da
mão de obra, que resultou:
A) na
adoção de formas disfarçadas de trabalho compulsório com emprego dos libertos
nos cafezais paulistas, uma vez que os imigrantes foram trabalhar em outras
regiões do país.
B) no
confronto entre a aristocracia tradicional, que defendia a escravidão e os
privilégios políticos, e os cafeicultores, que lutavam pela modernização
econômica com a doação do trabalho livre.
C) no
"branqueamento" da população, para afastar o predomínio das raças
consideradas inferiores e concretizar a ideia do Brasil como modelo de
civilização dos trópicos.
D) no
tráfico interprovincial dos escravos das áreas decadentes do Nordeste para o
Vale do Paraíba, para a garantia da rentabilidade do café.
E) na
constituição de um mercado interno de mão de obra livre, constituído pelos
libertos, uma vez que a maioria dos imigrantes se rebelou contra a
superexploração do trabalho.
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